Estima-se que a obesidade infanto- juvenil atinja 124 milhões de crianças e jovens no mundo, sendo que entre esses é 5x maior a probabilidade de sofrerem da obesidade na vida adulta.
No Brasil,1/3 ou seja uma em cada três crianças estão com excesso de peso (sobrepeso ou obesidade) Na faixa etária de 10 a 19 anos, um em cada quatro (26,45) está acima do peso. Alimentação inadequada e sedentarismo são os principais vilões da obesidade infantil. Em menos de 5% dos casos, segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, o excesso de peso se deve a doenças endocrinológicas.
A grande maioria dos adolescentes com obesidade (cerca de 60%) manterão essa condição na vida adulta. O consumo excessivo de açúcar, gorduras saturadas, processados e ultra processados, a propaganda de alimentos não saudáveis direcionadas ao público infanto-juvenil e a inatividade física são alguns dos fatores que preocupam atualmente organizações nacionais e internacionais quanto ao aumento da obesidade.
Segundo o Ministério da Saúde, a obesidade é uma doença crônica não transmissível caracterizada pelo excesso de gordura corporal que causa prejuízos à saúde do indivíduo. A forma mais comum de diagnóstico da obesidade é pelo cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), que relaciona o peso e altura. Para as crianças, é necessário comparar o IMC obtido com as curvas de crescimento padrão da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Obesidade Infantil: como prevenir desde cedo
Independente da fase da vida, os cuidados com a saúde precisam ser constantes. Isso inclui a alimentação, a prática de atividade física, o controle do ganho de peso e a manutenção de tantos outros hábitos saudáveis. Como a própria palavra já sugere, hábito é algo constante. E aqueles que começam desde cedo podem se estender pelo resto da vida.
A consequência disso é o aparecimento de diversas doenças, como diabetes, problemas ortopédicos, distúrbios psicológicos, doenças cardiovasculares e hipertensão, sendo essa última o fator de risco principal para infarto e acidente vascular cerebral, popularmente conhecido como derrame. Vale lembrar ainda que a obesidade também provoca complicações caso haja infecção por Covid-19.
Muita gente se engana ao pensar que a obesidade acontece apenas por conta de um fator genético. Quando falamos em obesidade infantil, muitas vezes estamos tocando também em dois temas importantes: alimentação e prática de atividade física. Ou seja, a obesidade é caracterizada pelo excesso de peso e é resultado de uma associação de fatores genéticos, ambientais e comportamentais.
Levando em consideração os aspectos ambientais e comportamentais, é inevitável não pensar em como as crianças de hoje em dia estão deixando de lado as brincadeiras para passar mais tempo em frente às telas. É inevitável também não lembrar de como os hábitos alimentares das famílias foram afetados pelos alimentos processados e ultra processados.
A mesma avaliação conseguiu constatar também que entre as crianças de seis a 23 meses, 31% consumiram bebidas adoçadas, 48% consumiram algum alimento ultraprocessado e 28% consumiram especificamente biscoito recheado, doces ou guloseimas no dia anterior à coleta dos dados.
Pense e desenvolva essas cinco maneiras de combater a obesidade infantil
1 – Estimular a prática de brincadeiras pró ativas e atividades físicas
2 – Diminuir o tempo de TV, internet e vídeo games, evitando as refeições e lanches junto a essas atividades.
3 – Oferecer alimentos saudáveis (para a família inteira)
4 – Controlar o ganho de peso na gestação
5 – Servir e dar de exemplo saudáveis para a criança
Fonte – Sociedade Brasileira de Diabetes