A CIÊNCIA E TRANSMISSÃO DO COVID 19, SAIBA COMO EVITAR !

Em 11 de março de 2020, passados 97 dias após as autoridades chinesas terem oficialmente relatado a descoberta do novo vírus em 31 de dezembro de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou que o mundo vivenciava a pandemia provocada por um novo coronavírus. Deste então, a infecção já soma – em números oficiais – 48,5 milhões de casos confirmados e mais de 2,6 milhões de mortos em todo o mundo.

No Brasil o vírus fez a sua primeira vítima diagnosticada em 26 de fevereiro de 2020 e hoje caminhamos rapidamente para termos 300 mil mortos e mais de 15 milhões de casos de adoecimentos de covid-19, a dimensão desta tragédia nacional, para vários analistas ainda não pode ser dimensionada já que a catástrofe poderá ser bem pior se não colocarmos em práticas medidas preventivas mais restritivas.Durante este tempo, médicos e cientistas não só inventaram diversas vacinas eficazes  contra o Coronavírus, como  coletaram uma enorme quantidade de evidências a respeito da  transmissão  e como podemos  evitar o contágio  com mais eficácia.

A seguir, veja alguns dos principais aprendizados para se proteger :

1Origem animal

O coronavírus tem origem animal (e não foi produzido em laboratório). Quando a covid-19 começou a se alastrar pelo mundo, sua origem apontava para o mercado de frutos do mar em Wuhan, na China. No início deste mês, uma equipe da Organização Mundial da Saúde (OMS) responsável por investigar o surgimento do Sars-CoV-2 concluiu, após missão em Wuhan, marco zero da pandemia, que todos os indícios apontam para uma origem “animal” do novo coronavírus.

“Todos os dados que coletamos e que foram pesquisados até aqui nos levam a concluir que a origem do coronavírus é animal”, disse o chefe da missão da OMS, Peter Ben Embarek, a jornalistas. “O trabalho de campo não provocou nenhuma reviravolta nas convicções e provas das inúmeras  pesquisas pelo mundo que já tínhamos antes “.

2O uso de máscara, por si só, não impede a propagação do coronavírus

A máscara ajuda bastante a contê-lo, segundo vários estudos realizados sobre o assunto. Seu uso é essencial para conter a contaminação do coronavírus. Segundo especialistas, a máscara traz ao menos dois benefícios: ela protege quem usa e, ao mesmo tempo, resguarda quem está por perto de um indivíduo infectado.

Desde junho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza o uso de máscaras de tecido para todo mundo que precisa sair de casa. Em dezembro, a agência da ONU atualizou suas recomendações e pediu reforço no uso das máscaras, com especial atenção para as unidades de saúde. O CDC americano fez a mesma indicação um pouco antes, a partir do mês de abril.

Recentemente reconhecendo a importância, alguns países europeus desaconselharam o uso de máscaras caseiras, de tecido, exigindo o uso de máscaras N95 e PFF2, que oferecem um nível de proteção maior. Essas são as ideais mas na sua falta as de panos tem exercido uma barreira eficaz contra a propagação.

As máscaras caseiras funcionam se forem confeccionadas com duplas camadas e não devem serem reutilizadas se não forem lavadas. A máscara de pano foi útil, e ainda é útil, funciona para proteger os outros de você, diminuindo a emissão de partículas de quem está usando.

3- A covid-19  afeta e mata  a todos e não só os idosos

O risco de desenvolver sintomas graves da covid-19 aumenta com a idade, com adultos mais velhos o risco é obvio que é maior, a razão para isso é muito simples e nada tem a ver somente com o coronavírus em si , quando ficamos mais velhos, nosso sistema imunológico, responsável pela defesa do nosso organismo, também envelhece.

Mas isso não quer dizer que os mais jovens estejam imunes à covid-19, mesmo aqueles sem comorbidades, como diabetes, doenças cardíacas, hipertensão e obesidade podem adoecerem

Segundo dados do Sivep-Gripe, do SUS, as morte de pessoas entre 30 a 59 anos, em um universo de 255,045 óbitos representam cerca de 26,9. Jovens de até 29 anos representam1,5%; As crianças não passam nem de 2% do total de internações e a taxa de mortalidade varia de 0-2% até 0-4%, calcula-se que 50% das crianças são s assintomáticos. E, quando apresentam sinais da doença, a tendência é que até 90% sejam atingidos de forma leve. Já os 10% que apresentam complicações podem precisar de internação ou até mesmo ir à UTI.

Na verdade os jovens devem evitarem a contaminação pois eles podem levarem para dentro de suas casas a doença e infectar os seus parentes

4- Até agora, não há nenhum medicamento que cure .

A expectativa para que houvesse um remédio contra o adoecimento pelo vírus fez que falsas expectativas fossem depositadas em dezenas de remédios como a cloroquina, ivermectina e fórmulas para eliminar o covid 19,  em testes realizados com cada um, todos foram rejeitados como eficaz contra o vírus .

Em julho do ano passado, a OMS (Organização Mundial da Saúde) decidiu interromper os testes com a hidroxicloroquina depois de constatar que não houve redução de mortalidade dos pacientes com covid-19 fazendo uso dela.

O antiviral remdesivir é indicado em casos mais graves da doença ele não combate o vírus porém ajuda a fortalecer o organismo.

Antibióticos não previnem ou tratam vírus, tratam infecções bacterianas. Portanto não tratam ou previnem COVID-19. O estudo que mostrou o benefício de um pequeno número de pacientes recebendo o antibiótico azitromicina (associado a hidroxicloroquina) avaliou que estes  pacientes a utilizara para que  pudessem evitar uma infecção bacteriana concomitante.

5- Contágio por embalagens e alimentos é ‘mínimo’

No início da pandemia, milhares de brasileiros relatavam nas redes sociais a angústia de ter que higienizar regularmente embalagens e alimentos.

Em agosto do ano passado, a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que “não há atualmente nenhum caso confirmado de covid-19 transmitido por alimentos ou embalagens de alimentos”. Mas também diz que não há necessidade de desinfetar as embalagens dos alimentos, mas “as mãos devem ser bem lavadas após manusear as embalagens dos alimentos e antes de comer”. Pela precaução não custa nada higienizar os produtos adquiridos nos supermercados.

6- É possível contrair covid-19 duas vezes

Pesquisa feita pela agência governamental de Saúde Pública da Inglaterra, a Public Health England, apontou que a maioria das pessoas que já contraíram covid-19 (83%) tem imunidade por pelo menos cinco meses. Mas casos de reinfeção por covid-19, embora raros, estão sendo identificados em vários países, inclusive no Brasil. A maior preocupação dos especialistas, contudo, envolve a reinfecção por novas variantes.

Se um número considerável de pessoas que já se contagiaram começar a testar positivo para covid-19, pode ser que esteja em circulação uma variante capaz de driblar os anticorpos produzidos pelo sistema imune após uma primeira infecção. A reinfecção por uma nova variante é uma das hipóteses para explicar o surto de hospitalizações e mortes ocorrido em janeiro em Manaus, no Amazonas.

A cidade já havia sofrido duramente com a primeira onda da doença – uma pesquisa publicada na revista Science em 9 de dezembro estimava que 76% da população já teria contraído covid-19. Em tese, esse número (caso esteja correto) seria um percentual suficiente para gerar a chamada imunidade de rebanho, mas, em janeiro, os hospitais da capital amazonense começaram a lotar rapidamente a ponto de a estrutura pública de saúde entrar em colapso e dezenas de pessoas morrerem por falta de oxigênio. A hipótese para esse novo pico casos de covid-19 é que parte deles seja de reinfecções pela variante P.1, que circulava em Manaus naquela ocasião.

7-Distanciamento como principal prevenção

O distanciamento social é crucial para impedir a propagação que pode se espalhar através do contato com gotículas expelidas pela tosse ou espirros e com superfícies contaminadas com essas gotículas. Ao minimizar a quantidade e frequência dos contatos próximos, reduzimos a probabilidade de sermos infectados e de espalhar o vírus.

O distanciamento social é uma das medidas que mais contribuem para conseguir controlar o crescimento da pandemia. Se houver um aumento súbito e exponencial do número de casos de COVID-19 de uma só vez, os sistemas e recursos de saúde ficam sobrelotados e incapazes de atender as todos.

Evite os encontros em espaços públicos mesmo que sejam limitados a duas pessoas, é melhor optar por outras formas de contato, como o telefone, videochamada, mídias sociais e etc.

Na rua, no local de trabalho, em espaços comerciais e similares, mesmo usando máscara mantenha sempre uma distância mínima de pelo menos um metro em relação às outras pessoas.

Não reúna amigos ou familiares em casa. Do mesmo modo, não participe em eventos nas residências destes.

Elimine ou pelo menos limite ao mínimo possível o contato próximo com os idosos, que são os que correm maior risco de vida em caso de infecção por COVID-19

Nos transportes públicos, tente preservar distância dos outros e redobre os cuidados de higiene (evite agarrar-se a maçanetas e portas, não toque com as mãos no rosto, espirre e tussa amparado pelo cotovelo e  tussa com lenços de papel e joque-os fora logo que possível).

8- Lavar as mãos e evitar levar as mãos ao rosto

Todo cuidado para não se tornar um vetor da doença, cujo contágio se dá principalmente pelo contato do vírus com nariz, olhos e boca. Além de ser altamente contagioso, o coronavírus é persistente: pode permanecer em uma superfície por algumas horas ou até por dias. Considerando ser normal entre os humanos levar aos mãos ao rosto (fazemos em média isso umas 23 vezes por hora) Lavar as mãos a cada manuseio ou usar o álcool em gel é a melhor forma de evitar a auto contaminação.

9 – Tomar as vacinas

Para a epidemiologista e ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Carla Domingues, que já atuou em campanhas de vacinação no passado, e ajudou a transformar o Brasil em uma referência no assunto, o cenário é de se lamentar. “A politização da vacina só fez com que houvesse confusão no país. Justamente em um momento em que precisamos vacinar. A melhor vacina é a que chega mais rápido. Precisamos esclarecer a população que o objetivo da vacinação não é evitar a infecção e sim evitar casos graves e óbitos. a vacina funciona e casos de rejeição são bem menos de 0,1. Precisamos de adesão da população. O que queremos, neste momento, é evitar o caos e as mortes a partir da vacinação”, diz.

Fontes -OMS, OPAS, BBC saúde e Ministério da saúde

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