Peste de Justiniano
Um dos primeiros casos de Pandemia registrados é a Peste de Justiniano, acontecida por volta de 541 D.C. e que se iniciou no Egito até chegar à capital do Império Bizantino. Provocada pela peste bubônica, transmitida através de pulgas em ratos contaminados, a enfermidade matou entre 500 mil a 1 milhão de pessoas apenas em Constantinopla, espalhando por Síria, Turquia, Pérsia (Irã) e parte da Europa. Estima-se que a pandemia tenha durado mais de 200 anos.
Peste Negra
Em 1343, a peste bubônica foi mais uma vez a causa de outra pandemia que assolou em sua totalidade os continentes asiático e europeu: A Peste Negra. Com seu auge até o ano de 1353, a Peste ainda apareceu de forma intermitente até o começo do século XIX e matou entre 75 a 200 milhões de pessoas.
Peste Branca
Também chamada de tísica pulmonar, ou ‘doença do peito’, a tuberculose, é uma doença infecciosa, transmissível, documentada desde o antigo Egito.
Taxada como uma doença de pessoas que levavam uma vida desregrada a tuberculose se espalhou na Europa com o advento de aglomerações das pessoas nas cidades. O primeiro grande surto apareceu na Inglaterra em 1815 e se espalhou para a Europa, sendo a responsável por 1 entre cada 4 mortes no continente. Por volta de 1860, a medicina associava a tísica às condições de miséria em que vivia a população, com medo do contagio na Inglaterra e nos EUA foram criado os sanitários onde os doentes eram obrigatoriamente levados para morrer.
Estima-se que de 1700 a 1960, a tuberculose tenha sido a causa pela morte de aproximadamente 1 bilhão de seres humanos em todos os continentes. Antes da descoberta do bacilo de Koch, a taxa anual média de mortalidade era de 7 milhões de pessoas, a doença só passou a ser efetivamente tratada com as descobertas dos antibiótico (rifampicina, o etambutol e a tiacetazonanos ) a partir do anos de 1950.
Varíola
A doença atormentou a humanidade por mais de 3 mil anos. O faraó egípcio Ramsés II, a rainha Maria II da Inglaterra e o rei Luís XV da França tiveram a temida “bixiga”. O vírus Orthopoxvírus variolae era transmitido de pessoa para pessoa, por meio das vias respiratórias. Os sintomas eram febre, seguida de erupções na garganta, na boca e no rosto. Estima-se que ao longo do século XX a varíola tenha causado 300 milhões de mortes. Felizmente, a varíola foi erradicada do planeta em 1980, após campanha de vacinação em massa.
Cólera
Em 1817, matou centenas de milhares de pessoas na Europa e Ásia. Ressurgiu na Rússia na década de 1830 e matou mais de um milhão. Entre 1846-60 iniciou na Índia e se espalhou principalmente para Estados Unidos, México e Inglaterra, matando mais de 2 milhões. Desde então, a bactéria Vibrio cholerae sofre diversas mutações e causa novos ciclos epidêmicos de tempos em tempos principalmente em países africanos. A bactéria Vibrio cholerae sofre diversas mutações e causa novos ciclos epidêmicos de tempos em tempos.No nordeste brasileiro, houve uma epidemia entre 1991 e 2000 com mais de 150 mil casos e mais de 1 700 mortes. Felizmente, O Brasil conseguiu o seu controle e eliminação no ano de 2000. Hoje o Iêmen sofre uma epidemia de cólera iniciada em 2015, sem números oficias já que o pais se encontra em guerra civil, a MSF –médicos sem fronteiras calcula em até 15.000 os mortos e quase 500 mil pessoas já foram diagnosticadas com a doença no pais.
Gripes
Descrita pelo médico grego Hipócrates em 412 a.C., a gripe é um vírus presente no nosso dia a dia, quando o inverno se aproxima ficamos mais vulneráveis devido a adaptação do corpo as baixas temperaturas com que faz que o nosso sistema imunitário,sem os devidos cuidados fique menos resistente. Mas nem sempre ela causa epidemias marcantes – com a vacinação, temos tudo para que isso não ocorra . Para falar a verdade, os piores anos da doença se concentraram nos últimos séculos, épocas com mais avanço técnicos, médicos s e maneiras de cuidar dos pacientes. Hoje sabemos que as gripes tem relação direta da ação predatória do homem com o meio ambiente e estas são infectadas aos humanos através do contato com os animais silvestres e domésticos e selvagens seja pela caça ou pelo próprio consumo destes animais.
Confira agora o ranking das piores pandemias do vírus influenza, esse mesmo que todo ano tem campanha de vacinação (fizemos a ordem do episódio mais antigo para o mais recente):
1- Gripe Russa
Subtipo do vírus: H2N2
Número de mortos: até 1,5 milhão de mortos
Temporada: 1889-1890
O primeiro surto com registros históricos começou em Bukhara, atual Uzbequistão, e se espalhou com grande rapidez. Em três meses, já passeava pela Europa, Ásia, África e América, causando crises de pneumonia e febre. No Brasil, sobrou até para o imperador: d. Pedro II (1825-1891) penou com o vírus da terra de Tolstói e Dostoiévski.
2- Gripe Espanhola
Subtipo do vírus: H1N1
Número de mortos: até 90 milhões
Temporada: 1918-1920
Acredita-se que ela surgiu nos Estados Unidos, que não divulgaram a informação. Os ianques estavam na Primeira Guerra Mundial e censuravam dados que pudessem enfraquecer seu Exército. A neutra na guerra a Espanha noticiava o fato e, por isso, ficou conhecida como o berço da moléstia. Ao menos um quarto de toda a população do planeta se infectou com essa gripe.
Relatos dão conta que as pessoas acordavam bem de saúde e morriam ao final do dia. No Brasil, matou cerca de 35 mil pessoas até o presidente eleito Rodrigues Alves (1848-1919) faleceu por causa da moléstia.
3- Gripe Asiática
Subtipo do vírus: H2N2
Número de mortos: até 2 milhões
Temporada: 1957-1958
Desenvolveu-se no norte da China e avançou para Ásia, Oceania, África, Europa e Estados Unidos. Alastrou-se mundo afora em dez meses, principalmente por terra e mar, não atingiu o Brasil.
Como a tecnologia médica estava mais avançada em relação à epidemia anterior, foi possível detectar o agente com rapidez e trabalhar em novas soluções, como as vacinas. Infelizmente, não foram fabricados imunizantes em quantidade suficiente em tempo hábil e o número de mortes foi bem alto.
4- Gripe de Hong Kong
Subtipo do vírus: H3N2
Número de mortes: até 3 milhões de mortos
Temporada: 1968-1969
Transmitida por aves, sobretudo as criadas soltas e sem higiene, provocava febre alta, cansaço e dor nas articulações. Com uma progressão rápida e avassaladora, matou muita gente em pouco tempo, sobretudo em Hong Kong, origem da pandemia, e nos Estados Unidos, onde quase 34 mil pessoas sucumbiram a ela. O mundo caminhava a passos largos para a globalização e o maior número de voos internacionais ajudou na transmissão do ser microscópico.
5- Gripe Suína
Subtipo do vírus: H1N1
Número de mortos: 150 A 575 mil mortos
Temporada: 2009-2010
No México, o vírus sofreu uma mutação e começou a infectar humanos – antes estava restrito aos suínos. Bem parecida com a gripe espanhola,. a crise se originou no México em março e abril daquele ano e se espalhou para mais de 75 países em três meses. Estima-se que foram de 700 milhões de casos. O número de mortos só não foi maior, pela gripe ser de um cepa conhecida a (influenza) e a vacina se fez rapidamente. Hoje com o coronavirus, as melhores expectativas da OMS apontam para a imunização através da vacinação em massa do planeta só deve ocorre daqui um ano e meio.
Fontes´MSF, BBC, EXPRESSO PT.