Pelo fato da variante Õmicron ter surgido no continente africano e ter se espalhado primeiro para o continente Europeu e América do Norte, devido a ligações muito forte da economia da África do Sul com seus parceiros comercias nestes continentes, ela em seu efeito globalizante como era de se prever, agora começa a infectar em massa as populações da América do Sul. A observação dos acontecimentos pandêmicos vividos nestes continentes, os ritmos e os estudos da propagação da Ômicrom e seus efeitos nestas populações, são de suma importância para nós, agora que estamos enfrentando infecções massivas desta cepa, possamos de certa forma minimizar os efeitos sempre trágicos desta pandemia. Vários especialistas já garantiram aos pais que as crianças não correm alto risco de doença grave, hospitalização ou morte por Covid-19 (embora certas condições de saúde subjacentes possam aumentar o risco). Dados recentes da África do Sul e do Reino Unido e demais países afetados pela nova variante sugerem que, mesmo entre bebês e crianças hospitalizadas, a variante Ômicron parece causar doenças menos graves na maioria das vezes, infeccionando mais as vias aéreas superiores do que os pulmões.
Quando a variante Delta do coronavírus era prevalente, duas doses das vacinas forneciam alta probabilidade de não sofrer uma infecção e, se a tivessem, eram menos propensos a serem hospitalizados. Com duas doses em relação a Ômicron nenhum adulto ou jovem está seguro, e estudos apontam que com a terceira dose de reforço a proteção é de 75%. Com relação as crianças a vacinação das primeiras doses começaram a serem aplicadas em fins do ano passado e se intensificaram devido ao avanço da nova variante.
A primeira lição é que a Õmicrom é tão contagiosa quanto o sarampo e por isso vai atingir os jovens e as crianças com maior intensidade que as variantes anteriores. A escala de internações de crianças deve-se, em grande parte, ao número recorde de casos da Õmícron . “Há claramente mais admissões de crianças porque há mais infecções por aí”, disse Russell Viner, da University College London
Os pesquisadores revisaram dados de quase 80.000 crianças americanas menores de 5 anos com uma primeira infecção, incluindo 7.201 infectadas no final de dezembro ou início de janeiro, quando o Ômicron estava causando mais de 90% dos casos. Depois de contabilizar outros fatores de risco, incluindo condições médicas e circunstâncias socioeconômicas, os pesquisadores descobriram que crianças infectadas durante o surto de Ômicron tinham um risco 29% menor de emergência, um risco 67% menor de hospitalização, um risco 68% menor de precisar de cuidados intensivos, e um risco 71% menor de precisar de máquinas para respirar, em comparação com crianças infectadas com Delta. No entanto, “devido ao aumento da transmissibilidade do ômicron, o número geral de adoecimentos crianças ainda pode vir a ser maior” com Ômicron do que foi com a Delta. “Vai infectar mais pessoas e está infectando mais pessoas. Vemos os números aumentarem, vemos as hospitalizações de crianças aumentarem”, disse a Dra. Jennifer Nayak, especialista em doenças infecciosas e pediatra do Centro Médico da Universidade de Rochester. Para a doutora “ a alta taxa de transmissibilidade pode ser prejudicial se encontrar as imunoideprimidas ou com comorbidades, para esse grupo de crianças, a prevenção dos pais e o distanciamento destas de creches e escolas ainda e fundamental, até que a onda da Õmicron tenha se tornada endêmica.”.
CRIANÇAS ABAIXO DE 5 ANOS
Crianças com menos de 5 anos estão ficando doentes com a Ômicron mais do que em qualquer outro momento anterior da pandemia. Nenhuma dessas milhões de crianças pode ser vacinada ainda, e quase metade delas é jovem demais para usar máscara. Isso está trazendo uma nova onda de interrupções e estresse para muitas famílias – especialmente aquelas que dependem de creches, maternais, pré-escolas e outras soluções compartilhadas – que já vem sofrendo com dois anos de confinamentos.
De um modo geral mesmo sem o uso das vacinas, em crianças muito pequenas, abaixo dos 3 anos, a variante ômicron do coronavírus causa doença menos grave do que a variante Delta, de acordo com um novo estudo e seus sintomas são muitos parecidos de um resfriado.
Embora esteja se espalhando amplamente, a variante está causando doenças menos graves em geral, e é especialmente improvável que o índice de crianças que fiquem gravemente doentes seja superior 2 %.
SINTOMAS
A escola de medicina do King’s College London, fez um rastreamento em crianças com casos com casos de ômicron, e foram listados os seguintes sintomas.
Os mais comumente observados foram cansaço, espirros, tosse ou dor de garganta.
Em casos mais intensivos:
– Fadiga. – Dor de cabeça. – Dor de garganta. – Nariz escorrendo. – Espirros. – Febre. – Tosse.
Não muito comuns são problemas intestinais, como diarreia e erupções cutâneas, esses dois são sintomas de alertas para os pais monitorarem, pois podem levar a uma evolução do adoecimento. Esses mesmos sintomas aplicam na faixa etária de 11 a 16 anos, a febre é o sintoma mais comum junto com a infecção da vias respiratórias.
Em alguns casos, as crianças desenvolvem garupa, quase a totalidade das crianças que apresentavam esses sintomas não eram vacinadas, vale lembrar que o Reino Unido só autorizou a vacinação de crianças de 5 a 11 anos em 22 de dezembro de 2021. A grande maioria das crianças 80% e apresentaram somente sintomas respiratórios superiores, independentemente da idade.
O tempo médio de recuperação das acrianças infectadas com de forma leve e de uma recuperação dentro de uma semana.
Em crianças de 0 a 6 meses os pais devem evitar que a febre atinja 38,5 graus Celsius, pois a partir desta temperatura existe o risco de convulsões com paralisias, não conseguindo baixar a febre deve ir imediatamente para um hospital.
Segundo especialistas, a imunidade inata das crianças é muito alta, a ausência de qualquer comorbidade, como diabetes, doenças cardiovasculares ou hipertensão geralmente, o que as torna mais aptas e mais fortes.
MEDICAMENTOS
A maioria dos cuidados que as crianças com uma doença viral ocasionado pelo Ômicron precisam, são os cuidados de conforto, e não cuidados de emergência hospitalar.
Os médicos esclareceram que medicamentos como azitromicina, vitamina C e ivermectina não têm funcionalidade no tratamento da Covid-19 entre crianças. A terapia que comprovadamente funciona no tratamento de crianças segundo diretrizes do Reino Unido, é hidratação, paracetamol, esponja e alimentação saudável. Também recomenda redutores de febre; crianças com 6 meses ou mais podem alternar entre Tylenol e Advil a cada três horas; com menos de 6 meses, use o Tylenol a cada seis horas.
OS RECÉM NASCIDOS PREVENÇÃO
O estudo recente publicado na American Journal of Obstetrics & Gynecology, mostrou que entre as mulheres grávidas que receberam a vacina, o sangue do cordão umbilical que liga o bebê era rico em anticorpos.
Mães vacinadas fornecerão proteção a seus bebês nos primeiros meses de vida, a amamentação também pode transmitir anticorpos, mas não no nível da vacinação.
PÓS COVID
Algumas crianças que foram infectadas com o coronavírus mesmo com sintomas leve, desenvolveram a síndrome inflamatória multissistêmica (MIS-C )- em média 6 semanas após o fim da infecção – onde alguns órgãos e tecidos do corpo, como coração, pulmões, vasos sanguíneos, rins, sistema digestivo, cérebro, pele ou outra parte do corpo.Crianças com essa condição precisam de cuidados especializados e podem precisar ser internadas em cuidados intensivos. Embora a enfermidade seja grave, com atenção médica adequada, as crianças com essa condição se recuperam.
COMO SUSPEITAR QUE UMA CRIANÇA TEM A “SÍNDROME INFLAMATÓRIA MULTISSISTÊMICA” (MIS-C)?
Os devem pais e médicos devem ficarem atentos em toda criança ou adolescente que apresentar febre persistente, e atividade inflamatória com acometimento de um ou mais órgãos (cardíaco, renal, respiratório, gastrointestinal ou neurológico).
SEMPRE VACINAR !
AS CRIANÇAS DEVEM SER VACINADAS. Quanto mais cedo os pais conseguirem vacinar seus filhos melhor. Vacinar as crianças ajudará a proteger contra doenças graves da atuais e futuras e variantes.
Autor Jose Geraldo Castro Duarte
Referências de mídias e dados.
Journal of Obstetrics & Gynecology
King’s College London
Russell Viner, da University College London