Tocar uma superfície ou objeto que contenha o vírus e depois tocar no próprio rosto é um dos principais meio de propagação do vírus, por isso se enfatiza que lavar as mãos com água e sabão, usar álcool 70% e limpar e desinfetar superfícies frequentemente, são medidas essenciais para impedir a propagação do COVID-19 e não se infectar.
Conforme a covid-19 se espalha, também aumenta o receio de tocar em superfícies. Em locais públicos. Ao redor mundo, tornou-se comum ver gente tentando abrir as portas com os cotovelos, passageiros do metrô evitando segurar em barras e alças e pessoas limpando suas com mãos álcool após o toque em utensílios e objetos públicos ou compartilhados, porém a quantidade de vírus existentes nas superfícies vai diminuindo com o passar das horas, reduzindo o risco de contaminação.
Como muitos vírus respiratórios, incluindo o da gripe, o Sars-Cov-2 pode se espalhar por meio de pequenas gotículas liberadas pelo nariz e pela boca de uma pessoa infectada quando ela tosse ou espirra. Uma única tosse pode produzir até 3 mil gotículas. Essas partículas pousam em outras pessoas, roupas e superfícies ao redor e provoca o contagio de forma indireta quando um terceiro as toca, outras vezes por contato algumas partículas podem diretamente serem respiradas por terceiros provocando o contagio imediato. Alguns estudos sobre outros coronavírus, incluindo aqueles por trás das epidemias da Síndrome Respiratória Aguda Grave, descobriram que esses vírus podem sobreviver em superfícies de metal, vidro e plástico, em locais fechados, sem luz solar com baixas temperaturas por até nove dias.
Estudo publicado pela New England Journal of Medicine, avaliou a estabilidade do COVID-19 em diversas superfícies e estimou suas taxas de decaimento. De acordo com o estudo, o novo vírus liberado junto com a saliva podem permanecer flutuando no ar por cerca de no mínimo 40 minutos e até 3 horas com uma redução no título infeccioso de 103,5 para 102,7 por litro de ar. A meia-vida do COVID-19 em aerossóis teve com estimativas mediana de aproximadamente 1,1 horas e intervalos de confiança de 95% de 0,64 a 2,64.
O COVID-19 foi mais estável em plástico e aço inoxidável do que em cobre e papelão. Em superfícies de cobre, nenhum vírus viável foi medido após 4 horas, e no papelão, nenhum viável foi medido após 24 horas.
Segundo a pesquisa, o vírus resiste por cerca de 72 horas no plástico e 48 horas no aço inoxidável, enquanto no papelão tem uma sobrevida de 24 horas. Já no cobre, apenas 4 horas.
O levantamento também mostra que o vírus pode sobreviver no ar entre 40 minutos e 3 horas , após uma pessoa infectada tossir ou espirrar. Vale ressaltar que sobre esse tempo médio se discute as condições ambientais especificas, tipo temperatura, luminosidade solar e umidade relativa do ar que dariam uma sobre vida maior ou menor que esse tempo ao vírus.
A capacidade do vírus de sobreviver por tanto tempo apenas ressalta a importância de evitar tocar em superfícies com as quais muitas pessoas têm contato, o que inclui mesas, bancadas, maçanetas, interruptores, telefones, teclados, torneiras etc.
Passado mais de um ano da pandemia ainda na OMS se discute se o vírus pode ser pego simplesmente pelo ar ao andarmos na rua, muitos infectologistas afirmam que sim.
Ainda não há estudos definitivos sobre a viabilidade deste novo vírus em tecidos. No entanto, sabe-se por estudos realizados com outros patógenos que, de forma geral, os vírus podem ter uma sobrevida de 72 a 96 horas nos panos. Pelo tecido ser poroso, pode ocorrer o acúmulo de secreções respiratórias e muitas vezes o acesso da água é limitado. Assim, a lavagem de tecidos deve ser feita com água e sabão.
Fonte – Doremalen, Neeltje van .Aerosol and Surface Stability of SARS-CoV-2 as Compared with SARS-CoV-1. The new england journal o f medicine. 2020