DICAS PARA CUIDAR DO PESO DURANTE A PANDEMIA

Em tempos desafiadores como esse, onde o estresse virou recorrente com o medo permanente de se adoecer, de perder um ente querido, de ficar desempregado, de falir o negócio próprio, de não pode estudar e etc. A pandemia do Coronavírus (SARS-CoV-2) coloca a nossa rotina do avesso e nos trouxe diversas mudanças que tem refletido nos hábitos, no trabalho, nas relações, no corpo e na mente. Mas já que não dá para evitar pois até que se tenham vacinados a todos o isolamento é necessário, encontrar formas estratégicas de se adaptar pode ser uma excelente saída para manter a vida em equilíbrio.

Passar um período prolongado em casa tem lá suas consequências. É normal que você confinado sinta mais ansiedade, estresse, desânimo e até mesmo nenhuma vontade de praticar atividade física. Acontece que esse conjunto de sensações pode ser uma armadilha para a sua saúde e você tem de estar alerta a isso.

Tornou-se comum encontrar alguém que sentiu alguma diferença no peso durante a pandemia. Pensando especificamente em estratégias de cuidado com o peso, listamos algumas dicas que podem ajudar a no comportamento a este período.

O que é e como identificar a obesidade?

Segundo os dados médicos a obesidade é caracterizada pelo excesso de gordura corporal.

A ferramenta mais utilizada para identificar isso é o Índice de Massa Corporal (IMC), uma equação em que você, divide o peso em quilos pela altura em metros e o resultado se divide novamente pela altura em metros. Esse número é uma referência para compreender se seu peso é ideal ou se você apresenta magreza, sobrepeso ou obesidade.

A conta é a mesma para todas as pessoas. O que muda são os valores considerados como referências para a classificação do peso. Essas referências são específicas para crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes.

Quais são as consequências do aumento de peso?

As doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e problemas cardiovasculares, já são velhas conhecidas da obesidade. Além dessas enfermidades, o aumento de peso também predispõe o indivíduo a desenvolver problemas articulares, complicações respiratórias e problemas no trato gastrointestinal, como o refluxo, além de ampliar o risco de câncer. Falando em termos de Covid-19, a obesidade é um fator de risco.

Mexa-se como puder. Só não fique parado!

Seja no corpo ou na mente, o comportamento sedentário impacta na qualidade de vida como um todo. Quando falamos em um período como esse de pandemia, as emoções estão ainda mais vulneráveis. Passar longos períodos sentado ou deitado em uma mesma posição, que não seja na hora de dormir, favorece ainda mais sensações de estresse e ansiedade. Por isso, buscar levantar com frequência da cadeira ou do sofá pode ser um aliado da saúde.

Quando estamos estressados o nosso funcionamento hormonal sofre modificações. Isso significa uma maior liberação de adrenalina e cortisol, sendo esse último relacionado a formação de gordura corporal quando produzido em excesso.  O cortisol também age no sistema nervoso central, levando a uma alteração na desregulação do apetite.

Beber agua quando vier a sensação de fome e uma outra alternativa eficaz, pois se a vontade for só psíquica ela desaparecerá.

Quando estamos em situação de estresse e passamos por essa modificação hormonal, temos um estímulo maior para comer. E esse estímulo para comer não é só de comida saudável. Pelo contrário! Esse estímulo é para comer alimentos ultraprocessados, ricos em açúcar, gordura e sal.

Nesse contexto, a atividade física é boa não só para manter ou regular o peso, mas também para lidar com os sintomas de estresse e ansiedade.  Faça você mesmo as atividades domésticas, improvise dentro de casa, como pular corda, colocar uma música para dançar, ler um livro em voz baixa, optar por exercícios de alongamento que envolvam respiração. Brincar mais com as crianças e realizar jogos coletivos de entretimento que não sejam os da internet. Nessa fase, o importante é encontrar algumas formas de manter o corpo em movimento!

Controle de estímulo.

A alimentação entra como a principal facilitadora para o ganho de peso e também para a perda de peso. Pensando nesse aspecto e no contexto atual que nos mantém mais tempo em casa, é muito importante ter um bom planejamento daquilo que vai ser adquirido e consumido.

Organizar as refeições antes de ir ao supermercado, por exemplo, é uma forma de evitar saídas desnecessárias e o desperdício. Esse hábito também contribui para o consumo de alimentos saudáveis, preferencialmente in natura ou minimamente processados, que servirão de base para a alimentação e para as refeições da casa.

Se em situações de estresse nós temos a tendência de querer consumir preferencialmente alimentos ultraprocessados, tirá-los do nosso alcance é uma boa maneira de evitar a tentação.

O confinamento não precisa ser uma condição que vai precipitar o ganho de peso, mas sim uma oportunidade para conviver mais com a família, é fundamental discutir esse tema no grupo familiar, planejar o que está sendo consumindo em termos de alimentos e tomar em conjunto medidas para melhorar esse consumo.

  1. Consuma alimentos fontes de proteínas magras;
  2. Consuma alimentos fontes de carboidratos integrais;
  3. Evite as gorduras ruins: saturada e trans, inclua alimentos fontes de gorduras saudáveis: abacate, azeite extra virgem, oleaginosas (castanha, amêndoa, noz), peixe;
  4. Consuma açúcar e sal com moderação;
  5. Aumente a ingestão de água nos intervalos das refeições;
  6. Evite consumo de alimentos industrializados ricos em calorias, gorduras, açúcares, sal, cafeína, realçadores de sabor e conservantes;
  7. Faça sua lista de compras saudáveis e tente ser fiel a ela;
  1. Planeje suas refeições. Se no trabalho não há opções saudáveis de almoço ou lanche, prepare em casa com todo carinho as suas marmitas e leve com você;
  2. Nenhum alimento é proibido, mas evite os excessos;
  3. Respeite os sinais de fome e saciedade.

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