Os ensaios clínicos demonstraram que as vacinas autorizadas contra o coronavírus são seguras e altamente eficazes na prevenção de formas graves de COVID-19. wildz casino $1 deposit helps you achieve your goals. Mas ainda há uma pergunta que os pesquisadores estão em processo de responder: quanto tempo realmente dura a proteção das vacinas? Serão necessárias doses de acompanhamento semestrais ou anuais para estender a imunidade e evitar o contagio por novas variantes mais infecciosas do vírus?
Os conhecimentos sobre a covid continuam a evoluir a cada dia, mas os dados científicos que já temos parecem promissores para combatermos o vírus.
O que sabemos sobre quanto tempo dura a imunidade à vacina COVID-19?
Em abril, a Pfizer anunciou que sua vacina oferece até seis meses de alta proteção contra COVID-19. Especificamente, os dados de seu ensaio de fase 3 mostraram que a vacina foi 91,3% eficaz na prevenção de COVID-19 por até seis meses após a segunda dose e 100% eficaz contra doenças graves.
A vacina da Moderna oferece proteção semelhante até agora, de acordo com um artigo publicado no The New England Journal of Medicine de sua edição do mês de abril . Os pesquisadores descobriram que “a atividade dos anticorpos permaneceu alta” seis meses após a segunda dose em todas as faixas etárias.
Richard Watkins, um especialista em doenças infecciosas e professor de medicina na Northeast Ohio Medical University, diz que essas duas têm resultados semelhantes porque essas vacinas usam tecnologia de mRNA e, portanto, induzem uma resposta imunológica reativa que pode ficar guardada no cérebro.
Neste ponto, “seis meses é o prazo para o qual eles têm informações 100%seguras de laboratório ”, explica William Schaffner, especialista em doenças infecciosas e professor da Escola de Medicina da Universidade de Vanderbilt, podendo ser esse tempo maior na grande maioria das pessoas.
Mas isso não significa que as vacinas só valem por seis meses. “ É provável que as vacinas Pfizer e Moderna, e outras como elas, forneçam imunidade por mais tempo do que isso, desde que tomadas as duas doses corretamente” diz o especialista em doenças infecciosas Amesh A. Adalja, acadêmico sênior do Johns Hopkins Center for Health Security. Ele baseia sua previsão no que sabemos sobre a vacina contra a gripe, que é válida por pelo menos um ano.
Quanto à vacina da Johnson & Johnson , ela foi autorizada pela Food and Drug Administration dois meses após as vacinas de mRNA, portanto, atualmente há menos dados para trabalhar. Esta vacina de dose única usa um método de ação diferente – é uma vacina tradicional de adenovírus, como a vacina contra a gripe – mas também deve oferecer imunidade semelhante, observa o Dr. Schaffner. Por quê? O resultado – anticorpos para SARS-CoV-2 – é o mesmo com os dois tipos de vacinas, diz ele.
O que acontecerá quando a proteção da vacinação COVID-19 acabar?
Não está totalmente claro agora, mas o Dr. Schaffner diz “não será como um botão liga e desliga”. Se a proteção da vacina passar, ela desaparecerá lentamente, diz ele. Como o sistema imunológico de cada pessoa é ligeiramente diferente, isso pode acontecer em um ritmo diferente para cada indivíduo.
A boa notícia é que os médicos acreditam que, se as pessoas vacinadas contraírem COVID-19 no futuro, seus sintomas certamente serão menos graves. “Deve haver alguma proteção residual por algum tempo”, diz o Dr. Schaffner. Basicamente, espera-se que o sistema imunológico de grande parte da população pelo menos se lembre de que viu algo parecido com esse coronavírus antes e comece a produzir anticorpos.
Um pequeno estudo publicado em janeiro de 2021 nos EUA descobriu que 95% das pessoas pesquisadas que contraíram COVID-19 no início da pandemia, ainda tinham anticorpos contra o vírus até oito meses após a infecção – e os especialistas preveem que a proteção da vacina durará mais do que a imunidade natural (adoecimento com COVID-19 com recuperação). Além disso, o Dr. Schaffner acredita que “a proteção da vacina provavelmente será mais completa e oferecerá mais proteção contra variantes do que a imunidade natural”.
Mais pesquisas são necessárias para provar essa teoria, no entanto esses novos estudos só estarão cientificamente comprovados a partir do fim do ano de 2021, quando se terá um universo significativo de ´pessoas vacinadas em um período superior a 6 meses para que se possam de fato ter dados reais sobre os efeitos imunizantes das vacinas nas pessoas.
Serão necessárias doses de reforço da vacina COVID-19?
Atualmente, tanto a Pfizer quanto a Moderna estão estudando se uma injeção de reforço pode ser útil para manter a proteção COVID-19 após a vacinação inicial, especialmente quando se trata de variantes emergentes.
É muito cedo para determinar se as doses de reforço podem ser necessárias ou não e qual pode ser o intervalo. “Essas vacinas que usamos são fabulosas, mas não são perfeitas”, diz o Dr. Schaffner. Embora sejam incrivelmente eficazes na prevenção de doenças graves, ainda há uma pequena chance de uma doença COVID-19 menor ocorrer após a vacinação.
“Eu acho que precisaríamos de reforço em algum momento, seja anualmente ou a cada dois”, diz o Dr. Schaffner. “Esse vírus provavelmente ficará conosco por muito tempo, como a gripe, e haverá variantes e mutações que exigiriam um reforço para atingi-los”.
Vacina da Fiocruz
A dose da AstraZeneca, por exemplo, é capaz de atingir uma eficácia geral de proteção da ordem de 76% 22 dias após a aplicação da primeira dose. O percentual pode superar os 82% após a pessoa receber a segunda dose, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), responsável por produzir, no Brasil, a vacina em parceria com a farmacêutica e a Universidade de Oxford. Um estudo publicado na revista científica The Lancet, no início do mês, sustenta que a maior taxa de eficácia é atingida quando respeitado o intervalo de três meses entre a primeira e a segunda dose.
Esse também foi o intervalo usado nos testes clínicos da CoronaVac, a vacina do Butantan, para medir a resposta imune dos participantes. Ainda vale lembrar que uma quantidade ainda maior de anticorpos pode ser registrada até um mês após o fim da vacinação, também variando de indivíduo para indivíduo.
Esse também foi o intervalo usado nos testes clínicos da CoronaVac, a vacina do Butantan, para medir a resposta imune dos participantes. Ainda vale lembrar que uma quantidade ainda maior de anticorpos pode ser registrada até um mês após o fim da vacinação, também variando de indivíduo para indivíduo
Vacina do Butantan
O Instituto Butantan, parceiro do laboratório chinês Sinovac no desenvolvimento da CoronaVac, afirma que são necessárias, em geral, duas semanas após a segunda dose para que a pessoa esteja protegida, já que esse é o tempo que o sistema leva para criar anticorpos neutralizantes que barram a entrada do vírus nas células. Ainda segundo o instituto, uma quantidade maior de anticorpos pode ser registrada até um mês após o fim da vacinação, também variando de indivíduo para indivíduo.
É muito importante que as pessoas entendam que é preciso continuar tomando os mesmos cuidados após a segunda dose da vacina, a pessoa continuar usando máscaras, evitando aglomerações, higienizando as mãos e objetos antes de usa-los e respeitando as recomendações de isolamento impostas pelas autoridades sanitárias. Esses cuidados salvam vidas, não esqueçam que o indivíduo que tomou a segunda dose da vacina ainda pode pegar e transmitir o vírus.
Fontes-
CDC- US – Centers for Disease control and Prevention
Butantan.org.br- Fiocruz.org.br