BEM VINDO AO METAVERSO: A NOVA INTERNET

A REINICIALIZAÇÃO

Crises econômicas, e outros eventos de caráter mundial como revoluções, guerras e pandemias tendem a acelerar tendências subjacentes na sociedade. O efeito da COVID-19 nas tecnologias do entretenimento via web e, na realidade virtual em 3 D, também será consistente, assim como foi com a telemedicina, as aulas on line, no comercio de serviços e produtos , na mídia e com o trabalho remoto (office home).

Praticamente as industrias do mundo cibernético(internet), com a pandemia viram seus lucros multiplicarem e investimos em bilhões de dólares jorraram para o setor, de todas as novas pontas do ciber- espaço, a mais inovadora e que se ouve falar com o mesmo espanto de quando se falava a palavra “internet” nos anos de 1980, é hoje o termo “Metaverso”, decorre que nos dias atuais as mudanças tecnológicas são bem mais rápidas do que as do fim do século passado e em breve todos saberão o seu significado e o seu uso.

Prepare-se para viver “o Metaverso”.

O conceito de Metaverso foi desenvolvido pelo autor Neal Stephenson de ficção científica e refere-se a um mundo digital totalmente socializado que existe paralelo ao analógico em que vivemos. A palavra é uma combinação do prefixo meta – que significa além – e verso, que se relaciona com o universo. O termo Metaverso hoje designa um espaço cibernético paralelo à realidade física, no qual uma pessoa ou uma comunidade de pessoas podem interagirem na forma de avatares . ou seja uma realidade virtual em 3D. O metaverso é uma experiência 3D que pode utilizar simultaneamente a realidade aumentada (AR), realidade virtual (VR) e conexões persistentes para criar um mundo imersivo, onde o usuário fará parte.

A quase totalidade das atividade virtual ou on line de hoje pode ser descrita como uma experiência em 2D, que é o interagir com redes e aplicativos;  A  tecnologia de metaverso ( interação em 3 D)) é mais utilizada em jogos on line, onde universos(espaços) paralelos fictícios são criados para os jogos, onde os jogadores participam através de personagens ou avatares.

O Metaverso na fase atual, combina aspectos de tecnologias digitais, incluindo videoconferência, jogos como Minecraft ou Roblox, criptomoedas, e-mail para acesso, realidade virtual, mídia social e streaming ao vivo  estando intrinsicamente ligado ao D3 e animações de desenho computadorizados e, vem sendo usado prioritariamente para jogos, já tem também seu uso para terapias em clinicas de psicologia onde a pessoa é transportada para paisagens naturais para relaxamento, para diversões sexuais, mas basicamente para jogos.

Vários jogos, como Roblox , Minecraft , Fortnite e Grand Theft Auto , têm  cerca de 100 a 120 milhões de jogadores ativos por mês e geram de 1 a 1,5 bilhão de horas de jogo por mês (mais outras 100 a 400 milhões de horas de exibição no YouTube, Twitch etc. ). Não apenas a escala desse envolvimento eclipsa todas as franquias de mídia virtual e a tradicional  TV e o cinema. Além disso, o conteúdo de jogos já é a categoria mais assistida na plataforma de streaming mais assistida globalmente (YouTube).

O metaverso é o futuro da rede social, afirmou o  fundador do Facebook , Mark Zuckerberg. “Minha expectativa é de que, em cerca de cinco anos, as pessoas nos vejam, antes de tudo, como uma empresa de metaverso”, disse ao site especializado The Verge. Na versão metaverso o perfil individual do facebook se tornará um sala onde as pessoas poderão visitarem as salas dos outros, se relacionarem de forma como se de fato estivessem juntos e não meramente conectados e poderão além de bater papo individuais ou em grupos terem sensações de afetividade, participarem de uma atividade em comum, de jogos e etc.

A nova ambição irá depender da sua divisão de realidade virtual e realidade aumentada, a Facebook Reality Labs (FRL), chefiada por Andrew Bosworth. Para a missão, a empresa recrutou especialistas do Instagram, Facebook Gaming e Oculus. “A fim de alcançar nossa visão de metaverso, precisamos construir o tecido que conecta os diferentes espaços digitais, para superar as limitações físicas e podermos nos deslocar entre os mesmos com a mesma facilidade que nos movemos pelos cômodos de uma casa”, explica Zuckerberg em seu perfil no Facebook.

A intenção anunciada pelo Facebook é de construir uma versão mais maximalista da rede social, Em outras palavras, nada mais é do que um universo coletivo que recria a experiência real no ambiente digital. Zuckerberg pensa nisso como o sucessor da internet móvel.

Matthew Ball, um  mega investidor do ramo, descreve o metaverso não como um mundo virtual ou um espaço, mas como “uma espécie de sucessor da internet móvel” – uma estrutura para uma vida extremamente conectada. “Não haverá ‘antes do metaverso’ e ‘depois do metaverso’ limpos”, descreve ele . “Em vez disso, vai emergir uma nova realidade lentamente com o tempo, à medida que diferentes produtos, serviços e capacidades se integram e se fundem.”

Em uma entrevista de junho para a VentureBeat , Jensen Huang, o presidente-executivo da Nvidia, que fabrica chips de computador, compartilhou mais de uma visão do Metaverso: “Seremos quase capazes de sentir como se estivéssemos juntos uns com outros no ciber espaço ”.

Entre a ficção e o possível

Para Zuckeberg  “Você pode pensar nisso como o sucessor da internet móvel. E você se sente presente com outras pessoas como se estivesse em outros lugares, tendo experiências diferentes que você não poderia necessariamente fazer em um aplicativo 2D ou página da web, como dançar, por exemplo, as pessoas não devem navegar pelas coisas em termos de uma grade de aplicativos. Acho que interagimos com muito mais naturalidade quando pensamos em estar presentes com outras pessoas”, diz.

Zuckeberg se refere as possibilidades das pessoas dançarem, mas na verdade essa expressão soa enquanto um passe de marketing do metaverso, pois as pessoas terão somente a sensação de dançarem, já que seu corpo real não estará fisicamente no mundo virtual, e sim a sua mente. Na verdade assim como no jogos virtuais onde a pessoa é tipo, tele-transportada para dentro do jogo e encarnar um avatar para participar(jogar), ou seja o transporte da pessoa se dar de forma indireta através de uso de avatares, o que faz com que a experiência de matriz onde o corpo é totalmente  transportado para esse ciber espaços, ainda tecnologicamente no Metaverso  não é permitido. Na verdade o desafios da indústria cibernética seus  desenvolvedores e a criação de ambienta para interação no ciber espaço, o mais parecido com a sociedade e sua realidade  da forma que a conhecemos. O objetivo final de uma convergência de realidades – aumentada e virtual – em um espaço online (cibernético) compartilhado. Em outras palavras, nada mais é do que um universo coletivo (uma rede social) que recria a “realidade vivida“ no ambiente digital.

A previsão é quenas  próximas duas décadas o  metaverso resultará em mudanças em como percebemos valor e esperamos portabilidade em nossa vida virtual.

O metaverso não atingirá todo o seu potencial – milhões de pessoas acessando e vivendo no mundo virtual em qualquer lugar, a qualquer momento – sem uma internet ultrarrápida e de baixa latência. As conexões de quarta geração (4G) de hoje podem oferecer suporte a aplicativos multijogadores, mas não pode lidar com centenas de fluxos simultâneos de dados sensíveis ao tempo. É por isso que as operadoras de telefonia móvel em todo o mundo estão gastando bilhões de dólares para construir redes 5G. Eles podem precisar de até 6G para levá-lo adiante

Segundo Nate laxon  editor da revista Fortune, “Todos os componentes de um metaverso já existem hoje. A peça que falta no quebra-cabeça é reunir todos os blocos de construção usados e patenteados por milhares de empresas e criadores concorrentes. Consiga isso e vivenciaremos o metaverso.”

Se irá substituir a internet como a conhecemos, provavelmente sim, o tempo que isso se dará ainda não sabemos, mas os menos otimistas tem a previsão de no máximo em 15 anos, a maior  parte da internet de ponta caminha com certeza para o metaverso,  a passos largos, por ser uma interação muito mais emocionante que o mera postagem de vídeos, fotos, frases ou  preenchimento de formulários. A nível de trabalho as salas para debate de reuniões serão reais, para relacionamentos você poderá estar ao lado e se interagir com uma pessoa do outro lado do mundo, para vender produtos também podem ser muito mais interativas, já que se resolverá a negociação tipo frente a frente, e, é exatamente esse potencial econômico de compra e vendas, com criptomoedas próprias que alimenta a imaginação das grandes corporações, que já estão se preparando para construir esse novo ciber espaço virtual, que dependera dos esforços de diversas empresas e provedores para se tornar realidade, assim como o foi com a internet para que ela chegasse ao que ela é hoje.

 

 

Referências –

Facebook Reality Labs

Revista Live science

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