DEPRESSÃO OU TRISTEZA- O QUE AS DISTINGUE ?

A depressão

Caracteriza-se, de forma geral, como uma patologia em que se encontram presentes sentimento de tristeza profunda e persistente no tempo, vazio, sensação de cansaço e falta de interesse nas atividades. Diagnosticada como doença psiquiátrica crônica (CID 10 – F33) que tem como sintomas tristeza profunda, perda de interesse, ausência de ânimo e oscilações de humor. Muitas vezes é confundida com ansiedade e pode levar a pensamentos suicidas. Assim, é essencial diagnosticar a doença e iniciar acompanhamento médico.

Em todo o mundo, estima-se que mais de 300 milhões de pessoas, de todas as idades, sofram com esse transtorno que quem se agravado dentro de um quadro social de incertezas de extremas competitividades pela sobrevivência. No Brasil, a estimativa é que 5,8% da população seja afetada pela doença.

Existem vários fatores que podem levar à depressão. Existem causas biológicas (relacionadas com a química cerebral) e causas reativas a acontecimentos, como a perda de alguém próximo.

A dependência de drogas ou álcool pode facilitar o aparecimento de sintomas de depressão ou a evolução para depressão crônica. O mesmo pode acontecer devido à toma de alguns medicamentos como corticoides, certos anti-hipertensivos, imunossupressores e terapêutica hormonal de substituição.

Grupos de risco

Algumas pessoas estão mais propensas a desenvolver sintomas de depressão. Nomeadamente, quem já teve depressão ou tem história familiar da doença; sofre de doenças crônicas, de pânico ou de ansiedade; tem circunstâncias de vida geradoras de estresse; idosos; cuidadores de doentes graves ou crônicos.

Aprenda a reconhecer os sintomas de depressão

Os sintomas incluem:

Irritabilidade, apatia e tristeza;

Perda de energia e interesse;

Diminuição da vontade de fazer as coisas;

Sentimentos de inutilidade, incapacidade, culpa, falta de confiança e autoestima;

Falta de vontade de viver;

Preocupação com o sentido da vida.

Outros sintomas de depressão podem envolver alterações do apetite, do sono, da concentração e/ou do desejo sexual e dor muscular, dor abdominal e/ou enjoo.

Não é só tristeza

A disfuncionalidade, gravidade e permanência dos sintomas de depressão distinguem-na de meras mudanças de humor. Se perdurarem ou se agravarem durante duas ou mais semanas consecutivas, pondere procurar ajuda.

O diagnóstico

Se identificar um ou mais destes sintomas, deve falar com o seu médico de família e/ou médico psiquiatra. O diagnóstico é feito com base na avaliação clínica dos sintomas de e da história pessoal e familiar.

O efeito dos antidepressivos nos sintomas de depressão

Os antidepressivos são os medicamentos usados no tratamento de depressões moderadas a graves, crônicas e, por vezes, ligeiras, sobretudo de origem biológica. O tempo mínimo, após o início da toma, que um antidepressivo demora a começar a fazer efeito é de duas a três semanas. O tratamento dura, pelo menos, seis a nove meses. Não suspenda um tratamento com antidepressivos sem autorização médica, sob pena de recaída ou recorrência dos sintomas de depressão. Sem tratamento a depressão pode transformar-se numa doença crônica sem remissão. O tratamento dura, pelo menos, seis a nove meses.

A psicoterapia também pode ser útil em conjugação ou como alternativa à medicação. Esta terapia é mais útil em depressões ligeiras e/ou reativas a acontecimentos. Pode ser usada nas depressões graves como complemento à medicação.

A doença mental atinge mais de 300 milhões de pessoas de todas as idades no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Principais fatos

Mulheres são mais afetadas que homens.

No pior dos casos, a depressão pode levar ao suicídio.

Existem vários t Existem vários fatores que podem levar à depressão. Existem causas biológicas (relacionadas com a química cerebral) e causas reativas a acontecimentos, como a perda de alguém próximo.

A dependência de drogas ou álcool pode facilitar o aparecimento de sintomas de depressão ou a evolução para depressão crônica. O mesmo pode acontecer devido à toma de alguns medicamentos como corticoides, certos anti-hipertensivos, imunossupressores e terapêutica hormonal de substituição.

Prevenção

Algumas pessoas estão mais propensas a desenvolver sintomas de depressão. Nomeadamente, quem já teve depressão ou tem história familiar da doença; sofre de doenças crônicas, de pânico ou de ansiedade; tem circunstâncias de vida geradoras de estresse; idosos; cuidadores de doentes graves ou crônicos.

Fatores que contribuem e prevenção

A depressão é resultado de uma complexa interação de fatores sociais, psicológicos e biológicos. Pessoas que passaram por eventos adversos durante a vida (desemprego, luto, trauma psicológico) são mais propensas a desenvolver depressão. A depressão pode, por sua vez, levar a mais estresse e disfunção e piorar a situação de vida da pessoa afetada e o transtorno em si.

Há relação entre a depressão e a saúde física; doenças cardiovasculares, por exemplo, podem levar à depressão e vice e versa.

Tratamento

O principal tratamento para a depressão consiste na intervenção psicoterapêutica. Pedir ajuda e decidir encara-la é o primeiro passo.. Através da psicoterapia, ou acompanhamento psicológico, a pessoa sentir-se-á mais compreendida e trabalhará estratégias adequadas ao seu caso, motivando a resolução de problemas e o fortalecimento de suporte social.

Existem tratamentos eficazes para depressão moderada e grave. Profissionais de saúde podem oferecer tratamentos psicológicos, como ativação comportamental, terapia cognitivo-comportamental e psicoterapia interpessoal ou medicamentos antidepressivos. Os provedores de saúde devem ter em mente a possibilidade de efeitos adversos associados aos antidepressivos, a possibilidade de oferecer um outro tipo de intervenção (por disponibilidade de conhecimentos técnicos ou do tratamento em questão) e preferências individuais. Entre os diferentes tratamentos psicológicos a serem considerados estão os individuais ou em grupo, realizados por profissionais ou terapeutas leigos supervisionados.

Os tratamentos psicossociais também são efetivos para depressão leve. Os antidepressivos podem ser eficazes no caso de depressão moderada-grave, mas não são a primeira linha de tratamento para os casos mais brandos. Esses medicamentos não devem ser usados para tratar depressão em crianças e não são, também, a primeira linha de tratamento para adolescentes. É preciso utilizá-los com cautela.

Fontes- Drª Ana Durão, Psicóloga, OPAS

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *