OS ANIMAIS DOMÉSTICOS E O BEM À SAÚDE

Os animais domésticos nos amam incondicionalmente e estão ao nosso lado durante os momentos mais difíceis e também quando estamos muito felizes. São muitos os benefícios à saúde em ter  um animal de estimação. Comprovadamente a zooterapia é uma linha terapêutica que usa animais para ajudar no bem estar psicológico, convívio e recuperação das pessoas com certas enfermidades. Essa terapia já é feita no Brasil desde a década de 1960. A zooterapia trata desde os problemas físicos, emocionais e psicológicos. Os especialistas explicam que quando em contato com os animais domésticos, o ser humano ativa o sistema límbico, responsável pelas emoções mais instintivas. Ocorrendo assim a liberação das endorfinas, gerando a sensação de tranquilidade, bem-estar, melhora da autoestima. Chegar em casa depois de um dia exaustivo e ser recebido com festa, deixa qualquer um feliz.

O biólogo inglês Rupert Sheldrake, doutor em bioquímica e autor de “Os cães sabem quando seus donos estão chegando”, vai mais longe e se dedicou a estudar o afeto e o bem estar que os animais podem dar ao homem. Apoiado em várias pesquisas, feitas na Universidade de Cambridge, ele constatou que na maioria das pessoas que interagem com pets, vivem com um aumento de autoestima, ele descobriu também em vários casos uma melhor  uma ajuda na superação da perda de um ente querido.

Depressão, ansiedade e outros problemas psiquiátricos.

O contato com animais é muito indicado como terapia complementar no tratamento de distúrbios psiquiátricos como: esquizofrenia, desordens de personalidade, ansiedade, depressão e síndrome de Down. Esses pacientes apresentam melhora nas estratégias de lidar com outras pessoas e situações desagradáveis e conseguem também evoluir na sua criação de vínculos. A convivência com os cavalos faz com que as pessoas desenvolvam um carinho grande pelo animal e também se sintam confiantes por conseguirem dominá-los, usada hoje em especial no tratamento do síndrome de Down.

cuidar dos animais estimula  a sociabilidade infantil

Solidão.

Uma tese publicada na Medical Sciences afirma que idosos donos de cachorros superam melhor a falta de companhia. Muitos médicos têm recomendado aos seus pacientes aposentados que adotem um pequeno cão ou gato. Além do bem psicológico, a finalidade é incentivá-los a manter atividades regulares, já que o animal dá uma razão para que eles se levantem da poltrona e pensem na necessidade de se alimentar (e seu cão), bem como de sair para passear com os animais, o que os leva também a estar em contato com outras pessoas que saem às ruas. Pesquisadores calcularam que possuir um cão representa um ganho de 22 minutos de caminhada por dia, ou seja 2.760 passos suplementares. De reduzir estresse até detectar câncer, animais podem ser muito benéficos à saúde, segundo pesquisas.

Demência – Para quem sofre de mal de Alzheimer ou outras doenças relacionadas à memória, os pets também podem trazer ótimos benefícios. De acordo com a terapeuta ocupacional do Programa de Atenção aos Cuidadores da Demência  do Hospital Nossa Senhora Conceição, em Porto Alegre (RS), Elisete Bernardes, os animais de estimação podem ser um elemento importante na recuperação, melhorando a resposta dos pacientes aos cuidados e tratamentos. “ O contato com o animal proporciona atividades como a responsabilidade de dar água e comida, ter carinho, pentear o animal e isto ajuda a resgatar tarefas cotidianas o que está relacionado em preservar a memória”, destaca.

Animais de estimação para crianças: quais os benefícios?

Na maioria das crianças, a afeição é imediata. Para as crianças o mais importante neste convívio é o desenvolvimento da relação de afetividade e de relacionar com outros seres e estímulos ao cérebro. “Até os três anos a criança está aprendendo a se vincular. Nascemos com potencial, mas é necessário um ambiente que favoreça e madureça vínculos positivos. Um bicho de estimação permite uma vivência permeada pela fantasia e o imaginário, já que eles não falam. Algumas crianças fazem esta relação com objetos, mas há um limite, pois o objeto não retorna a afetividade. Aquilo que desenvolveu com os bichinhos de pelúcia vai ser potencializado pela afetividade do animal”, explica Valéria Cristina Brito, psicóloga do Serviço materno Infantil do Ministério da Saúde. A partir dos seis anos um animal pode ser útil para desenvolver o senso de responsabilidade da criança, afirma ela.

Para ter um animal em família é importante que todos reflitam sobre a decisão e apreciem as necessidades de ter os animais e, se responsabilizem com a vida do animal, que tenham condições de incluir o animal nas tarefas do lar, que tenham tempo para se dedicarem ao animal, em um ambiente que proporcione ao animal, seja ele qual for, as condições básicas de sobrevivência, saúde, higiene e afeto, animais não são objetos, são seres secientes que também necessitam de cuidados. Situações que não atendem a esses requisitos podem ter efeitos prejudiciais para ambos.

” ATÉ QUE O HOMEM APRENDA A RESPEITAR E A DIALOGAR COM O MUNDO ANIMAL, NUNCA PODERÁ CONHECER O SEU VERDADEIRO PAPEL NESTA TERRA .” Enzo Maiorca

Fontes – Medical Sciences – Serviço materno Infantil do Ministério da Saúde.

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