POLUIÇÃO DAS ÁGUAS, CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS

Água limpa e fresca é essencial para todas as formas de vida.

A poluição das águas pode ser definida como a degradação da qualidade da água, ao reduzir o oxigênio em sua composição que a torna impropria para a vida, que coloca em risco todo o ecossistema na qual a água está inserida. Prejudicando a saúde, a segurança e o bem-estar das pessoas, a fauna e à flora, afetando também as atividades sociais e econômicas.

Poluição das águas é um tipo de poluição causado pelo lançamento de poluentes e esgotos; Residencial, comercial, industrial e agrícola em cursos das águas pela ação do ser humano.

Ao contrário do que parece, a água doce é um recurso natural esgotável, apesar da superfície do planeta Terra ser coberto em 70% de água, apenas uma pequena porção dela é potável. Isso vale para nós e para os animais. Sendo que apenas 3% das águas do mundo são doces, desta quantidade 2,5% está presa nas calotas polares e os 0,5% restantes em aquíferos subterrâneos.

Deve se notar que a distribuição é desigual ao redor do mundo, considerando a população que vai consumir. Um exemplo dessa distribuição adversa é o Brasil que possui 12% da disponibilidade de água doce do mundo apesar de ter apenas 2,7% da população.

As discrepâncias crescem quando se observa que o Norte brasileiro possui 80% dessa água e representa apenas 5% da população. A partir do momento em que a poluição ameaça a condição das fontes de água no planeta, isso representa um grande risco nesse recurso finito em especial em regiões onde os mananciais são escassos.

De acordo com a ONU, essa desproporção gera um quadro em que um terço da população não tem acesso a água potável.  O que se torna um sério problema, pois o consumo de uma água de má qualidade pode desencadear diversas doenças.

Apesar de existirem alternativas para se tentar recuperar águas poluídas, o processo não é nada fácil e o custo é muito alto.

A poluição dos rios brasileiros  

Rios poluídos são aqueles mananciais que recebem em suas águas todo tipo de resíduos poluentes como agentes químicos, físicos e biológicos, como esgotos não tratrados, resíduos industriais, lixo, fertilizantes, pesticidas, inseticidas agrícolas, produtos químicos da indústria, mercúrio chumbo, petróleo, e resíduos sólidos não biodegradáveis como o plástico.

Nas grandes aglomerações urbanas, o problema da poluição das águas assumem proporções catastróficas. São as cidades que concentram os maiores contingentes populacionais e a maioria das indústrias, reunindo uma infinidade de fontes poluidoras, tanto na forma de lixo, esgoto doméstico como de efluentes industriais.

No meio rural o desmatamento das margens dos rios também favorece a poluição já que todo tipo de sedimentos chega ao leito do rio com as chuvas.

Acúmulo de lixo no rio Tietê, após chuva durante a manhã.

Rios mais poluídos do Brasil

Esta é a lista divulgada pelo IBGE, de acordo com os dados do IDS (Indicadores de Desenvolvimento Sustentável):

Rio Tietê -São Paulo,

Rio Iguaçu -Paraná,

Rio Ipojuca- Pernambuco,

Rio dos Sinos -Rio Grande do Sul

Rio Gravataí – Rio Grande do Sul

Rio das Velhas – Minas Gerais

Rio Capibaribe – Pernambuco

Rio Caí- Rio Grande do Sul

Rio Paraíba do Sul- Rio de Janeiro

Rio Doce- Minas Gerais

É preciso tratar o esgoto, antes de lançá-lo às águas

É absurdo pensar que 47% da população não têm acesso à rede de esgoto o que equivale a dizer que todo esse esgoto está sendo despejado em nossos rios e aquíferos. Para que, posteriormente, façamos o tratamento dessa água novamente, a um custo incontavelmente maior. Para que os rios e os cursos d’água tenham qualidade, é preciso coletar e tratar os esgotos antes de lançá-los nas águas.

Doenças Relacionadas com a Água

16% da população brasileira, ou quase 36 milhões de pessoas não tem acesso a água tratada e estão diretamente correndo os riscos de serem adoecidos com as seguintes doenças;

Cólera, hepatite 1 e 2 , poliomielite, diarreias infecciosas, esquistossomose entre outras.

Poluição dos oceanos

Apesar de ser o principal regulador do clima do planeta, os oceanos não são preservados pelo homem, pelo contrário, o que se percebe é um enorme descaso com os ambientes marinhos.

Os oceanos possuem grande capacidade de regeneração, ou seja, conseguem diluir a poluição. Porem a quantidade de poluição lançada nas últimas décadas é maior que a capacidade de regeneração. Ao ano cerca de 14 bilhões de toneladas de poluentes atingem os oceanos, nas quais 8 bilhões são plásticos. Esses milhões de toneladas de lixo (oriundos dos centros industrias, urbanos e também da zona rural). Os principais agentes poluidores são os mesmo que poluem os  rio na qual todos desaguam no mares.

A contaminação das águas marinhas já produz vários agravantes, dentre eles, elevação da temperatura, diminuição da oferta de peixes e um aumento na quantidade de microrganismos que são altamente prejudiciais aos animais marinhos, comprometendo o ciclo da cadeia alimentar.

Plástico um poluente que dura séculos

A cada ano, oito milhões de toneladas de plástico vão parar nas águas dos oceanos, levando 100 mil animais marinhos à morte, conforme dados da Organização das Nações Unidas (ONU). Além disso, a instituição afirma que, caso o ritmo do descarte continue o mesmo, em 2050 pode haver mais plástico do que peixes nos oceanos.

Segundo o Programa Ambiental das Nações Unidas (PNUMA), 90% de todos os detritos dos oceanos são compostos por plástico. Além disso, existem 46.000 fragmentos de plástico em cada 2,5 quilômetros quadrados da superfície desses ambientes. Para acrescentar, estudos comprovam que para cada quilo de algas marinhas e plâncton encontrado nos oceanos, há pelo menos seis quilos de plástico.

Garrafas PET, sacolas, copos e embalagens de plástico são utensílios que propiciam praticidade no dia a dia. Entretanto, ao analisarmos esse custo ambiental dessas vantagens, percebemos que vale a pena repensar nossos hábitos de consumo.

Efeitos do mar de plástico sobre a vida marinha

O mar de plástico pode causar inúmeros prejuízos para a vida marinha. Os animais frequentemente se sufocam com o lixo flutuante e muitos ingerem esses resíduos, confundindo-os com alimentos. Ao ingerir o plástico, os animais sofrem falsa saciedade e, com o estômago entulhado de plástico, ficam incapazes de ingerir partículas de alimentos, morrendo de desnutrição. Além disso, o plástico entra na cadeia alimentar e estima-se que quem come frutos do mar regularmente ingere cerca de 11 mil pedaços de microplástico por ano.

Um outro aspecto que tem sido estudado é que diversas partículas de microplásticos podem absorver contaminantes químicos, como compostos de petróleo, produtos farmacêuticos ou pesticidas presentes na água. Uma vez engolido, os efeitos prejudiciais deste microplástico contaminado se tornam ainda maiores que a ingestão em si.

A prevenção é a melhor ação.

É essencial a criação de políticas públicas bem como as ações diárias de cada indivíduo para combater  o aumento da poluição, em todas as suas formas, em todo o mundo. Dentre as ações que podem ajudar nesse processo, podemos destacar:

Fiscalização mais eficaz por parte dos órgãos institucionais.

Saneamento básico para todos

Incentivo a produtos biodegradáveis

Promover a educação ambiental. Apenas entendendo o problema, a população poderá atuar para evitá-lo.

Evitando a poluição em casa,o que fazer?

Existem algumas ações que você pode tomar. Entre elas estão o descarte de lixo corretamente, além da diminuição da quantidade do mesmo utilizando uma peneira(grelha) no ralo pia, evitar dar descarga em remédios, evitar o descarte de óleos, tintas e solventes pelo ralo. Assim, você tem como diminuir a poluição da água a partir de suas próprias atitudes em casa e contribuir para um mundo melhor, mesmo que com pequenas ações.

Fontes. IGAM, ONU, IBGE, Folha SP,  WWF

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